terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caldas da Rainha não é uma cidade acessível para quem anda em cadeira de rodas

Caldas da Rainha não é uma cidade acessível. Foi o que comprovou um grupo de voluntários da Escola Secundária Raul Proença no sábado, 12 de Novembro, durante uma acção denominada “Rodas ao Quadrado”.
Esta iniciativa teve como objectivo “identificar alguns pontos da cidade onde existem dificuldades de circulação para pessoas com mobilidade reduzida”, disse Tiago Pereira, que integrou esta iniciativa.
Os jovens usaram cinco cadeiras de rodas para circular pelas ruas da cidade durante toda a manhã de sábado. “Quisemos sentir as dificuldades de quem as utiliza e para percebermos isso, nada melhor do que nos sentarmos nelas”, disse este responsável, que, tal como os restantes participantes, captou imagens dos locais com menor acessibilidade.
Foram identificados cerca de 30 pontos críticos: passeios altos, escadas em entradas de estabelecimentos comerciais, caixas de multibanco e campainhas demasiado altas para quem tem de circular sobre cadeiras de rodas.
“Contudo, nota-se que já começa a existir alguma preocupação na criação de acessos para pessoas com mobilidade reduzida”, contou o jovem, que se referia por exemplo ao autocarro Toma que “possui todos os mecanismos necessários para a entrada de uma cadeira de rodas incluindo a própria segurança dentro do transporte”.
Os jovens verificaram que há algumas rampas em passeios, mas na sua maioria têm um ângulo muito acentuado, o que impossibilita a circulação das cadeiras de rodas.
O grupo de voluntários da Raul Proença vai agora elaborar um relatório fotográfico que será entregue na Câmara Municipal com o intuito de ajudar na identificação dos pontos críticos e com vista à resolução destes problemas.

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