A QUERQUS denuncia a existência de uma «pressão exagerada» no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), por causa das constantes pretensões de instalação de novos aerogeradores.
Esse é o motivo apontado pela Associação Nacional de Conservação da Natureza para contestar a instalação de um parque eólico na Portela do Pereiro, na freguesia de Évora de Alcobaça, no concelho de Alcobaça.
Embora o projeto aponte para a instalação de apenas 4 torres, o facto de já existir um outro nas proximidades e de maiores dimensões, a que se acresce a pretensão de se criar um outro parque eólico na freguesia de Turquel, praticamente em terrenos contínuos ao da Portela do Pereiro, levam a QUERQUS a referir que há demasia pressão sobre o PNSAC, já para não falar da proliferação das empresas de exploração de pedra, que, tal como os parques eólicos, descaracterizam aquilo que se pretende de um parque natural, de uma área protegida.
De acordo com Domingos Patacho, da QUERQUS, «esta elevada pressão das eólicas deve-se ao facto da maioria dos terrenos visados serem baldios, bastando para tal negociar com as respetivas juntas de freguesia».
«Caso tentassem instalar aerogeradores em terrenos privados, certamente que as negociações seriam mais difíceis e onerosas para as empresas promotoras», frisou.
Quanto ao projeto previsto para a Portela do Pereiro, de acordo com a Quercus «o processo corre o risco de ser, entretanto, aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), devido às pressões políticas no sentido de se dar resposta aos novos investimentos que ajudem a dinamizar a economia.
O Estudo de Impacto Ambiental já foi aprovado e no qual participou a QUERQUS, mostrando discordância. Resta agora o anúncio da APA sobre a freguesia de Évora de Alcobaça irá ter, ou não, 4 novos aerogerador na Serra dos Candeeiros.
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