sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Clientes roubados em bar

"Encostou-me a arma ao coração por não lhe ter dado logo a carteira. Aí parei de reagir ou levava chumbo". As palavras são de Raúl Silva, irmão da funcionária do bar Rico Roque, em Torres Vedras, e um dos seis sequestrados por cinco homens munidos de um "facalhão que parecia uma catana" e uma pistola, que espalharam o terror no ‘pub’, ameaçando e obrigando toda a gente a entregar os seus valores. 


"Entraram a gritar: é um assalto, encostem-se à parede e metam tudo em cima da mesa. Foi horrível, então quando destravaram a arma, para vermos que estava carregada, pensei o pior", contou ao CM a funcionária Margarida Silva, 51 anos, abalada com o terror que viveu.
Cinco homens "com sotaque brasileiro", de luvas – quatro encapuzados, o quinto de cara descoberta a empunhar uma pistola – invadiram anteontem pela 01h30 o Rico Roque. Obrigaram as seis vítimas, entre os 40 e 60 anos, a encostarem-se à parede e a pousar em cima das mesas "tudo o que fosse de valor". O ladrão de cara descoberta obrigou a funcionária a abrir a caixa registadora, e quando viu que apenas continha cinco euros, "enlouqueceu".
"Gritou: ‘só este dinheiro? ‘Tás a gozar comigo?’ e com a pistola varreu tudo o que estava no balcão, copos, garrafas, tudo ao chão. Depois dirigiu-se ao meu irmão", contou ao CM Margarida.
Os restantes assaltantes reuniam os pertences dos aterrorizados clientes, revistando-os para se certificarem de que nada ficava para trás. Raúl Silva, de 48 anos, tentou resistir. "Apontou--me a pistola directa ao coração. Foi aí que dei tudo, eram agressivos, podiam disparar" contou ao CM o irmão da funcionária Margarida.
Os ladrões fugiram, batendo a porta com força, deixando uma ameaça no ar. "Se vierem atrás, podem crer que levam um tiro". As vítimas esperaram algum tempo até alertarem a PSP. A PJ investiga.

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