terça-feira, 13 de março de 2012

Óbidos:Construção de edifícios centrais em concurso público

A entidade gestora do Parque Tecnológico de Óbidos, Obitec – Associação Óbidos Ciência e Tecnologia, lançou na passada sexta-feira, 9 de Março, o concurso público para a empreitada de construção dos edifícios centrais do loteamento do Parque Tecnológico de Óbidos.
O concurso público para a empreitada, destinado a selecionar a empresa responsável pela construção dos edifícios centrais deste parque de ciência e tecnologia desenvolvido em parceria entre o Município de Óbidos de Óbidos, a Universidade de Coimbra, a Universidade Técnica de Lisboa, o Instituto Politécnico de Leiria, a Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC) e um conjunto de associações empresariais e empresas, surge na sequência de um concurso público de conceção, destinado à seleção da equipa projetista.
O Parque Tecnológico de Óbidos, o primeiro do País vocacionado para as indústrias criativas, abriu, desta forma, a conceção dos seus edifícios centrais a toda a comunidade de arquitetos, envolvendo uma das áreas centrais no sector das indústrias criativas. De entre as 23 propostas apresentadas, foi selecionada a proposta desenvolvida pelo arquiteto Jorge Mealha, agora objeto de concurso público para a seleção do empreiteiro.
Os edifícios centrais, com uma componente de incubação de empresas e uma componente de serviços de apoio (incluindo espaços de auditório, salas de reunião, cafetaria e restauração) representa um investimento total superior a 5 milhões de euros, inseridos no programa estratégico Inov•C, liderado pela Universidade de Coimbra e apoiado pelo programa Mais Centro.
A entrega de propostas decorre até 30 de Março, estando previsto o início da construção no início do segundo semestre deste ano.

“Intervenção Precoce: O início de um caminho de esperança”

Realizou-se na sexta-feira, 9 de março, na Biblioteca Municipal da Nazaré uma sessão de esclarecimento sobre “Intervenção Precoce”, organizada pelo grupo de pais das crianças acompanhadas pela Equipa Local de Intervenção Precoce de Alcobaça / Nazaré (ELI). 
A sessão, que contou com vários técnicos, visou esclarecer pais, educadores e técnicos sobre o funcionamento da intervenção precoce em Portugal; o funcionamento das instituições da Região que prestam apoio aos pais e às crianças com necessidades educativas especiais; e estabelecer parcerias com vista à melhoria da integração das crianças com necessidades educativas especiais.
Teresa Nunes (Coordenadora da Subcomissão Regional de Lisboa e Vale do Tejo e do Serviço Nacional de Intervenção Precoce para a Infância) esclareceu que a «intervenção precoce junto de crianças com alterações ou em risco de apresentar alterações nas estruturas ou funções do corpo, tendo em linha de conta o seu normal desenvolvimento, constitui um instrumento do maior alcance na concretização do direito à participação social dessas crianças e dos jovens e adultos em que se irão tornar».
«As políticas de promoção de inclusão social, conduzidas ao nível da vida privada, ao nível comunitário e ao nível da ordem institucional mais geral, constituem vectores de qualidade de vida de uma sociedade» acrescentou.
Já Maria do Carmo Vale (Administração Regional de Saúde) afirmou que «quanto mais precocemente forem accionadas as intervenções e as políticas que afectam o crescimento e o desenvolvimento das capacidades humanas, mais capazes se tornam as pessoas de participar autonomamente na vida social».
As Equipas Locais de Intervenção Precoce consistem num conjunto organizado de entidades institucionais e de natureza familiar, que têm em vista garantir condições de desenvolvimento das crianças com funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal, social, e a sua participação nas actividades típicas para a idade, bem como das crianças com risco grave de atraso no desenvolvimento.
Helena Rolim, do grupo de pais que organizou a sessão de esclarecimento, frisou que este procurou ser um espaço de informação sobre os recursos existentes na região para o apoio dos pais e crianças (entre os 0 e os 6 anos), que apresentem alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam a sua participação nas actividades típicas para a respectiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem como as suas famílias.
A organização do evento adiantou que pretende criar um Centro de Recursos, que gostaria de ver a funcionar num próximo ano lectivo, para desenvolver o seu trabalho, no âmbito do que está a ser desenvolvido pela Equipa Local de Intervenção Precoce de Alcobaça / Nazaré (ELI).
Mafalda Tavares, vice-presidente da Câmara da Nazaré, outra das oradoras desta sessão, destacou a importância da «partilha de experiências, e a conjugação de esforços de todos os agentes da sociedade civil, para o desenvolvimento do trabalho da inclusão de pessoas com necessidades especiais», felicitando a organização por ter levado até à Biblioteca Municipal da Nazaré um conjunto de instituições e projectos já disponíveis, na região e no país, para o apoio gratuito estas famílias.
Já Mónica Batista, vereadora com a acção social na Câmara de Alcobaça, que também salientou a importância deste grupo de trabalho de Alcobaça/Nazaré, disponibilizou a antiga Escola Primária da Boavista para acolher o futuro Centro de Recursos deste grupo de pais.
Ao longo do dia foram sendo apresentados os projectos e meios de apoio a pais com filhos deficientes.
O Movimento Cívico “Pais em Rede” (grupo de apoio e formação gratuito de pais de filhos com deficiência); o Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria (CRID), com vários projectos em curso destinados a pessoas com deficiência, nomeadamente “Mil brinquedos, mil sorrisos” que adapta gratuitamente brinquedos para crianças com necessidades especiais; a Academia de Música de Alcobaça com o projecto ”Sons de Encantar”, que visa promover o bem-estar de crianças e adultos, aumentar a sensibilidade ao estímulo sonoro, promover da auto-estima e a fruição do belo; e a Biblioteca Municipal da Nazaré, onde os utilizadores com necessidades têm, ao dispor, uma área de trabalho equipada com computadores adaptados e um fundo documental de leitura especial, nomeadamente obras em Braille, são alguns dos recursos existentes na Região e no país, que promovem a inclusão, que foram apresentados nesta sessão de esclarecimento.

Alcobaça pede de volta dinheiro que investiu na Moita

A Câmara Municipal de Alcobaça quer ser ressarcida pelos diversos investimentos que realizou na freguesia da Moita, que se mudou, há quase onze anos, para o concelho da Marinha Grande.
O pedido de Alcobaça aconteceu durante uma reunião em que a Marinha Grande pediu os processos de construção para puder atualizar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), e entregar o processo às finanças, disse Álvaro Pereira, presidente do executivo da Marinha Grande.
O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, terá falado, nesse encontro, da intenção do seu Município vir a acordar com a Marinha Grande uma compensação pela perda de vários equipamentos públicos, nomeadamente os de investimentos efetuados no saneamento básico, nas habitações sociais e também na escola primária.
Será, agora, uma Comissão, ainda a criar, e que foi sugerida por Alcobaça ao presidente da Câmara da Marinha Grande, que irá definir o que pode ser ou não susceptível de se traduzir numa compensação a favor de Alcobaça.
Álvaro Pereira está na «expectativa». Sem adiantar qualquer juízo de valor sobre o processo, o autarca disse apenas que espera «sentar-se à mesa e discutir» o assunto.
Já o presidente da Junta de Freguesia da Moita, Álvaro Martins, afirma que «não faz sentido, passada uma década da transferência da freguesia, pedir indemnizações».
Alcobaça irá entregar, entretanto, os processos de construção pedidos pelo Município da Marinha Grande para que esta atualize o IMI, e só depois disto é que ambos os municípios irão reunir para constituir uma comissão que irá avaliar quais as compensações o concelho vidreiro terá de pagar por ter acolhido, em 2001, a freguesia da Moita.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Alcobaça festeja Carnaval com vários corsos a saírem às ruas em vários pontos do concelho


O trono do Carnaval de Pataias regressa “ao poder” de locais. Dois jovens naturais de Pataias, João Vieira, de 32 anos, e Rita Moleiro, de 19, vão ser os reis, este ano. A COCAPA não conseguiu fechar negócio com uma figura mediática. 
O corso sairá à rua da vila à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, fazendo do Carnaval de Pataias a maior organização desta festividade no concelho de Alcobaça. Quinze grupos, cada um com os seus temas e fantasias, farão o corso deste ano, cujo mote geral é a banda desenhada. 
Em Turquel, o desfile volta a sair à rua no domingo e na terça-feira, este ano sem direito à tolerância por despacho do primeiro-ministro. 
Tal como em anos anteriores, também na Benedita, se fará a festa do entrudo, mas de noite. O corso noturno continua a ser promovido pela Associação Beneditense de Cultura e Desporto (ABCD). 
Luís Lopes, presidente do clube, espera que as pessoas participem em maior número, principalmente por vivermos em época de crise. «Acho que este ano o carnaval deveria ser de 4 dias, tendo em conta a crise», disse Luís Lopes, manifestando, ao mesmo tempo, que mais pessoas e grupos se juntem à festa. A organização decidiu que se a festa der lucro, metade reverterá para o Centro de Ensino Especial de Alcobaça (CEERIA). 
Cumprindo a tradição de sair à rua para festejar o Carnaval, também São Martinho do Porto volta a postar no desfile nocturno, com a animação a sair na nas noites de sábado e de segunda-feira. 
Também o Agrupamento de Escuteiros do Vimeiro apresenta mais um desfile de Carnaval que, tal como em edições anteriores, acontecerá apenas no domingo. 
Segundo Glória Constantino, «são esperados cerca de 200 foliões num corso que só conhecerá o nome dos reis no dia 19 de Fevereiro». 
Nos Rebelos, a Comissão de Festas convidou um imitador do cantor Quim Barreiros, residente na localidade, e a Ti Almerinda, uma personagem criada por Emanuel Moura, para reis do carnaval da localidade. 
A exemplo de anos anteriores, o desfile sairá apenas à rua no Domingo, que espera pela participação de grupos oriundos das localidades vizinhas. A organização preparou dois carros alegóricos, mas aponta para um total entre oito a doze veículos no corso. 
Já a Maiorga, que também apresenta corso próprio, promete um novo modelo de festejos do carnaval, baseado na tradição da freguesia. 
De acordo com Tiago Filipe, «a nova fórmula só não vai alterar o facto dos corsos de domingo e terça-feira não terem nem rei nem rainha de carnaval».
Por seu lado, em Alfeizerão, a Comissão Organizadora, orientada por uma nova direção, garante que tem «tudo praticamente definido para os desfiles», que sairão nos dois dias, domingo e na terça-feira, apesar da falta de dinheiro. 
De acordo com Cláudio Neves, «a Comissão dos Amigos do Carnaval de Alfeizerão (CACA) ainda não recebeu os apoios da Câmara Municipal de Alcobaça, referentes a 2011, e ainda herdou várias contas por pagar, deixadas pela anterior direção», compromissos que pretende honrar, apesar das dificuldades. 
E em Alcobaça, a organização da festa do Carnaval cabe uma vez mais à Câmara Municipal com a 3.ª edição do Folia & Algazarra, que decorrerá de 16 a 22 de fevereiro, no interior de uma tenda preparada para o efeito, situada na praça frente ao Mosteiro. 
Este ano, o tema é Banda Desenhada. O desafio é inspirar os foliões a criarem disfarces baseados em personagens da BD. O concurso de máscaras, subordinado ao tema, irá premiar os melhores fantasiados que passaram pela tenda. As principais noites serão animadas pelos carismáticos “Engenheiros do Samba”.
A festa do Carnaval iniciou-se esta quinta-feira, dia 16, com um baile dedicado a população sénior, mas aberto a todos os foliões. Esta sexta-feira, é a vez de desfilarem os mais pequenos, num cortejo que junta centenas de crianças dos Jardins de Infância e Escolas do 1.º ciclo. À tarde irão festejar os jovens do CEERIA. 
Para terminar este Carnaval de 2012, na quarta-feira de cinzas, realizar-se-á o “Enterro do Entrudo”, que mantém grande popularidade e tradição.

Fecham mais estabelecimentos do que abrem


No último trimestre de 2011 encerraram 26 estabelecimentos comerciais nas Caldas da Rainha, de acordo com os dados da ACCCRO. Desde o início deste ano já encerraram 12 estabelecimentos, mas desde Dezembro já abriram 17 novas “casas” de comércio.
O presidente da Associação Comercial dos Concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos, João Frade, não considera, no entanto, que a situação seja pior do que no resto do país, pelo contrário.
“Nas Caldas da Rainha não estamos imunes à grave crise que atravessa o país e o mundo. Segundo dados do INE, nos últimos três meses em Portugal têm encerrado mais de 100 estabelecimentos comerciais por dia”, salientou.
Segundo João Frade, os encerramentos registados têm sido de vários ramos, embora sejam mais os de restauração a fechar, porque é também onde existe maior oferta.
Por outro lado, o dirigente sublinha que já em 2007, quando tomaram posse na direcção da ACCCRO, foi feito um levantamento sobre os estabelecimentos comerciais encerrados no centro da cidade e descobriram que existiam 200 lojas por arrendar.“Isso deve-se não só a questões económicas, mas também ao abandono dos centros das cidades”, que se reflecte também no comércio. Para João Frade, depois de um pico no número de estabelecimentos abertos no centro da cidade, entre 2003 e 2005, passou a existir um excesso de oferta de espaços. Na sua opinião, há também que haver um reajustamento no valor das rendas a pagar porque alguns senhorios ainda cobram um valor demasiado elevado. Um dos factores que terá feito subir algumas dessas rendas terá sido a procura das lojas de artigos chineses.
Há também uma maior oferta fora do centro da cidade. “Nos vários edifícios que se construíram incluíram-se espaços comerciais que acabam por ter melhores condições ao nível de instalações e cumprem mais facilmente os requisitos legais, especialmente ao nível da restauração”, disse.

“Investir mais no marketing da cidade”
João Frade acha que era impossível a economia nacional manter-se baseada apenas no consumo e na construção. “Batemos numa parede porque não existe mais crédito. Para voltarmos a ter um sector de comércio e serviço saudável, temos que voltar a ter um sector primário e secundário competitivo, ao nível da agricultura, das pescas e da indústria”, considera.
O dirigente exemplificou com o que acontece com os concelhos em volta das Caldas, do qual o comércio também depende, onde existem problemas na agricultura e na pesca.
O presidente da ACCCRO acha que se deve apostar mais na divulgação, no marketing e na promoção de eventos de qualidade nas Caldas da Rainha. “O que é essencial para voltarmos a ter turismo a sério”, afirmou.
João Frade lamenta que o presidente da câmara local não tenha uma maior sensibilidade para esta matéria, que poderia ajudar a economia caldense. “As maiores ‘guerras’ que tenho tido com o presidente da câmara têm sido por causa disso. Precisamos de investir mais no marketing da cidade, para atrairmos mais pessoas”, contou, acrescentando também a importância da limpeza da cidade.
A ACCCRO tem continuado a realizar vários eventos de promoção do comércio de rua, mas a autarquia tem vindo a reduzir o seu apoio, numa altura em que este deveria aumentar.
Para contrariar essa tendência, a associação comercial vai colaborar com a Óbidos Patrimonium com vista ao Festival do Chocolate, que terá lugar em Março. A ideia é estabelecer sinergias entre o comércio e o evento, para aproveitar os milhares de pessoas que irão a Óbidos e fazendo com que estes passem também pelas Caldas da Rainha. A ACCCRO vai incentivar os seus associados a participarem, por exemplo, com montras alusivas ao chocolate, ou utilizando este produto em novas sobremesas e pratos, entre outras possibilidades. Ao mesmo tempo, o comércio caldense será divulgado no festival.

Caldas com corso sábado à noite e domingo à tarde

Amanhã a partir das 20h00 terá início o desfile nocturno que percorre pela primeira vez a Praça 25 de Abril e a Avenida 1º de Maio, substituindo o corso que tradicionalmente decorria na terça-feira.
Os foliões e trapalhões voltam a desfilar no dia seguinte, domingo, pelas 15h00. Os temas para o corso são livres, cabendo a cada uma das 19 colectividades inscritas dar largas à imaginação e surpreender o público com o mote escolhido para os carros e figurantes.
O corso integra ainda quatro grupos musicais e de dança que irão apresentar coreografias.
Este ano os reis do Carnaval serão os jovens caldenses Walter Moraes, estudante participante do programa “Portugal tem Talento” e professor de hiphop no Centro de Juventude, e Vanessa Henriques, modelo e irmã da cantora caldense Rebeca.
No sábado e domingo haverá animação após o desfile.
Os cortes no orçamento (menos 5% do que em 2011) e a não tolerância de ponto na terça-feira decretada pelo Governo “não beliscaram a motivação da organização ou das colectividades que prometem um Carnaval muito crítico e divertido”, garante a autarquia caldense, que este ano vai gastar cerca de 65 mil euros com a animação do carnaval. São esperados entre 10 a 15 mil visitantes na cidade. O desfile será uma autêntica prova de resistência ao frio, já que o Instituto de Meteorologia prevê para a noite de sábado temperaturas a rondar os 4º e na tarde de domingo uma temperatura máxima de 15º.